Um poeta não precisa do silêncio.
Não precisa da rua esvaziada,
da calçada gélida depois de uma noite de boemia.
Nem da garoa, ou de uma lua que encha o céu.
Não precisa de uma taça de vinho e cigarros,
ou a solidão de um apartamento.
Não precisa de amores, ou desamores próprios.
Nem da dor de um mundo ao avesso.
[Então, por que razão eu, logo eu, precisaria?!]
Um poeta não precisa de nada que não seja o grito atroador da voz de dentro, que ecoando em seus ouvidos vira poesia e respinga,
encharca corpo e alma.
[E como ele, também me inundo]
Um poeta só precisa de sonhos que transbordam a sua alma para também encher a dos outros.
Lindo, lindo.
Sem palavras, não poderia concordar mais, mesmo que nem soubesse antes de você nos dizer. Lindo.
Como sua poesia é madura, Dani.
Belo poema.
concordo com Marla!